sábado, 5 de abril de 2008

Cartilha Abstrusa

.
[...]
E nisso, nossos espíritos vigilantes,
Diletantes na arte de sentir,
Fazem surgir em aflitos semblantes
Sobejantes desejos de destruir,
Irônicos gracejos que se mostram anuir
O fazer emergir dos sentimentos conflitantes
E que se deixe eclodir as amarguras palpitantes...

Que nos entreguemos à guerra,
Permitindo que a terra
Invada nossos corpos ofegantes
E, se no mar, que morramos pela água suja impedindo a respiração,
E, se no chão, lutemos de mãos limpas, desmontados dos cavalos arfantes
Com a mente nua de altruísmos falsos ou das dores constantes
Em busca da essência, da qual ficamos tão distantes
Refutando a decadência, que no revolver se faz obstante.

Um comentário:

  1. Que lindo! Eu adoro a intencionalidade das suas rimas. É uma melancolia que não cansa quem lê.

    ResponderExcluir